Leucemia: O Papel do Diagnóstico Molecular no Tratamento
Em fevereiro, dedicamos nosso foco à conscientização sobre a leucemia, um grupo de cânceres que afetam a medula óssea e a produção de células sanguíneas. Esta iniciativa visa informar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado dessa neoplasia.
O que é a Leucemia?
Durante a doença, as células precursoras presentes na medula óssea sofrem alterações, o que afeta a produção de hemácias, plaquetas e células de defesa. Isso resulta em sintomas como fadiga persistente, infecções frequentes, hematomas recorrentes, distúrbios de coagulação, sangramentos nasais e perda de peso.
Classificações da Leucemia
As leucemias são classificadas de acordo com a linhagem celular afetada e a velocidade de progressão:
- Leucemia Linfoide Aguda (LLA): Caracterizada pela rápida proliferação de células imaturas da linhagem linfoide na medula óssea.
- Leucemia Mieloide Aguda (LMA): Caracterizada pela rápida proliferação de células imaturas da linhagem mieloide na medula óssea.
- Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): Caracterizada pela proliferação lenta e acúmulo de linfócitos anormais na medula óssea, sangue periférico e órgãos linfoides.
- Leucemia Mieloide Crônica (LMC): Caracterizada pela proliferação excessiva de células mieloides na medula óssea, geralmente associada à presença do cromossomo Philadelphia.
Estatísticas Recentes
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020, foram estimados 475 mil casos de leucemia no mundo, representando 2,5% de todos os tipos de câncer. No Brasil, a estimativa é de 11.540 novos casos anuais entre 2023 e 2025, sendo 6.250 em homens e 5.290 em mulheres. Em 2020, ocorreram 6.738 óbitos por leucemia no país.
Grupos de Risco
A leucemia pode afetar pessoas de todas as idades. A LLA é mais comum em crianças, enquanto a LMA é frequente em crianças e adultos. Fatores de risco incluem idade avançada (exceto para LLA), tabagismo e tratamentos prévios com radioterapia ou certos quimioterápicos.
Avanços no Diagnóstico e Tratamento da Leucemia
O diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento da doença. O hemograma é o exame inicial para detectar alterações nas células sanguíneas. Exames complementares, como mielograma, imunofenotipagem e cariótipo, ajudam a confirmar o diagnóstico e identificar o subtipo de leucemia.
O tratamento varia conforme o tipo e subtipo, podendo incluir quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea.
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